domingo, maio 12, 2013

Quando um torna-se dois

Na hora mais escura e fria
Aquela que antecede o raiar do dia
Lá foi ele com vontade
Em busca de paz e liberdade

Sem saber ao certo o que queria
Mas com a certeza que não mais podia
Dar de si sem a retribuição
Do reconhecimento pela dedicação

Dos anos de vida em comum
Com suas dores, delícias, tédios, erupções
Em que dois tornaram-se um
Mas, enfim, cada um precisou viver suas próprias emoções

Então o um tornou-se novamente dois
O que era comum antes
Virou meu e seu depois

E da vida dos que já foram amantes
Restam as lembranças de tudo o que um dia foi.

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