A felicidade o que é?
É aquilo que tem fim
Para Vinícius e Jobim
Para mim
Liberdade
Para Angenor
Maternidade
Para Lupicínio, o amor
Que foi embora e deixou saudade
Dinheiro no final do mês
Para dona Inês
O chope no boteco
Para seu Maneco
A gostosa da revista
Para o onanista
O gol feito com a mão
Os dez por cento de comissão
A grana do mensalão
Comprar a aprovação
O cérebro congelado
Em frente à televisão
O voto manipulado
O tiro no paredão
O carro novo na garagem
A mala pronta pra viagem
O artigo publicado
O trago do viciado
O baseado pra adormecer a gente
A cachaça no final do expediente
Inspiração pr’uma ideia
Os versos transpirados
Os aplausos da plateia
Os pulsos cortados
O início adiado
Meio do caminho andado
O quase acabado
O fim decretado
Carinho de quem se ama
Um beijo roubado
Dividir a sua cama
Amar e ser amado
Comer quando há fome
Beber quando há sede
Ganhar um vintém
Para quem nada tem
Se jogar no mundo
Soltar a gravata
Mergulhar bem fundo
É o que te falta
Aquilo que sonhamos
Sem saber por quê
Aquilo que perdemos
Por não merecer.
Ciço Pereira
Rio, 18 de março de 2010.
É aquilo que tem fim
Para Vinícius e Jobim
Para mim
Liberdade
Para Angenor
Maternidade
Para Lupicínio, o amor
Que foi embora e deixou saudade
Dinheiro no final do mês
Para dona Inês
O chope no boteco
Para seu Maneco
A gostosa da revista
Para o onanista
O gol feito com a mão
Os dez por cento de comissão
A grana do mensalão
Comprar a aprovação
O cérebro congelado
Em frente à televisão
O voto manipulado
O tiro no paredão
O carro novo na garagem
A mala pronta pra viagem
O artigo publicado
O trago do viciado
O baseado pra adormecer a gente
A cachaça no final do expediente
Inspiração pr’uma ideia
Os versos transpirados
Os aplausos da plateia
Os pulsos cortados
O início adiado
Meio do caminho andado
O quase acabado
O fim decretado
Carinho de quem se ama
Um beijo roubado
Dividir a sua cama
Amar e ser amado
Comer quando há fome
Beber quando há sede
Ganhar um vintém
Para quem nada tem
Se jogar no mundo
Soltar a gravata
Mergulhar bem fundo
É o que te falta
Aquilo que sonhamos
Sem saber por quê
Aquilo que perdemos
Por não merecer.
Ciço Pereira
Rio, 18 de março de 2010.
3 comentários:
Excelente poema
sobretudo aquilo que ganhamos apenas por receber. Sem fazer nenhum esforço, só deixando acontecer.
Acho você o máximo!
Postar um comentário